7 coisas surpreendentes que você talvez não saiba a respeito de Rambo

Quantos meninos — e meninas também, ué! — não imaginaram que eram Rambo durante uma de suas brincadeiras com os amigos, e saíram por aí disparando tiros de mentirinha para todo lado? Pois apesar de o icônico personagem ser um velho conhecido de todo mundo (o primeiro filme foi lançado há 33 anos!), nem todos conhecem a origem de seu nome ou o fato de que Sylvester Stallone não queria interpretar o herói em um primeiro momento.
Pensando nisso, Sean Hutchinson do portal Mental_Floss reuniu uma série de coisas surpreendentes a respeito de Rambo e seus filmes.

1 – Origem “poética” do nome

O primeiro filme, “Rambo: Programado para Matar”, de 1982, é uma adaptação do livro homônimo do canadense David Morrell, lançado em 1972. Pois, para batizar o personagem da história, o autor se inspirou em uma variedade de maçãs cultivadas no século 17 por um imigrante sueco chamado Peter Gunnarson Rambo.
Segundo Morrell, ele não sabia que nome dar ao protagonista, quando resolveu comer uma maçã. Ele achou a fruta deliciosa e perguntou à sua esposa se ela sabia de qual variedade se tratava, e a resposta foi... “Rambo”.
O escritor imediatamente reconheceu a força do nome, e ainda se lembrou de como algumas pessoas pronunciam “Rimbaud”, o nome de um poeta francês que Morrell estava estudando na época. Coincidentemente, um dos trabalhos mais importantes de Rimbaud é a obra “Uma Temporada no Inferno”, que o canadense acreditava ser a metáfora perfeita para os traumas vividos pelo prisioneiro de guerra sobre o qual ele estava escrevendo.

2 – Baseado em uma pessoa real

Pois além de ter o nome inspirado em uma variedade de fruta e no som de outro nome, o personagem foi baseado em um herói de guerra real. Quando estava escrevendo seu livro, Morrell se deparou com a história do soldado Audie Murphy — que foi o militar norte-americano mais condecorado da Segunda Guerra Mundial, recebendo mais de 20 medalhas por sua bravura, incluindo honrarias concedidas pela Bélgica e França.
Depois da guerra, embora sofresse de estresse pós-traumático, Murphy se tornou ator e interpretou ele mesmo em um filme autobiográfico, além de fazer participações em uma série de longas. Infelizmente, o veterano morreu em um acidente aéreo na década de 70. Morrell, por sua vez, deu uma atualizada na história de Murphy, e inseriu Rambo em uma era pós-Vietnã.

3 – Stallone não queria ser Rambo

Durante o período em que o projeto ficou pulando de uma mão para outra nos estúdios de Hollywood — mais precisamente, de 1972 até 1982 —, vários atores foram considerados para o papel de Rambo, como Steve McQueen, Al Pacino, Robert De Niro, Nick Nolte, Paul Newman, Clint Eastwood, John Travolta e Dustin Hoffman.
Sylvester Stallone recebeu o convite graças ao seu sucesso como Rocky, mas recusou por achar que o personagem já havia sido oferecido a atores demais antes dele, e por acreditar que o filme jamais seria produzido. O ator finalmente aceitou depois de receber a proposta de poder reescrever o roteiro de forma que Rambo parecesse mais empático e menos traumatizado e maluco do que ele era no livro.

4 – Era para Rambo ter morrido

No final do livro de Morrell, Rambo comete suicídio após uma conversa com Coronel Trautman, e o diretor Ted Kotcheff chegou a gravar a sequência para ser incluída em “Rambo: Programado para Matar”. No entanto, depois que a cena ser apresentada em uma sessão prévia, a audiência detestou o fato de que o final do filme parecer insinuar que a única forma de que os veteranos conseguissem lidar com os traumas de guerra fosse morrendo.

5 – Ação, política e romance

A primeira versão do roteiro de “Rambo II – A Missão”, lançado em 1985, foi escrita por James Cameron — que também já estava trabalhando com os scripts de “O Exterminador do Futuro” e “Aliens, O Resgate” —, mas o que acabou indo para a telonas é bem diferente do que o que Cameron havia imaginado. Basicamente, ele criou toda a ação, enquanto Stallone introduziu o toque político na trama.
Originalmente, Cameron imaginou a sequência começando com Rambo sendo encontrado pelo Coronel Trautman em um hospital psiquiátrico. Na trama o personagem contaria com a ajuda de um militar chamado Brewer, que seria vivido por John Travolta, ator com quem Stallone havia trabalhando quando ele dirigiu o filme “Os Embalos de Sábado Continuam” — dá para imaginar isso?!
Bem, Stallone assumiu os roteiros, repaginou o que Cameron havia criado, introduziu toda a temática relacionada com prisioneiros de guerra e militares desaparecidos em combate, e incluiu o romance entre Rambo e Co Bao. A intromissão deu certo, pois “Rambo II – A Missão” foi o único filme da franquia a ser nominado para um Oscar. O longa recebeu a indicação para o prêmio de Melhor Edição de Som, mas perdeu para “De Volta para o Futuro”.

6 – Stallone teve que malhar muito

Para viver o personagem em “Rambo II – A Missão”, Sylvester Stallone teve que malhar muito, e encarou uma rotina de exercícios extremamente pesada para conquistar o físico necessário. Por sorte, o ator havia acabado de gravar “Rocky III” um pouco antes de iniciar os trabalhos, o que ajudou bastante. Mesmo assim, Stallone começou a treinar 8 meses antes de iniciar as filmagens, e seguiu um rigoroso regime até o final.
O ator começava o dia com um treino que durava entre 2 e 3 horas, e então ele passava entre 10 e 12 horas no set de filmagens. Depois de gravar, em vez de descansar como um ser humano normal, Stallone ainda treinava outras 2 ou 3 horas. Só então ele dormia cerca de 6 horas para começar tudo de novo no dia seguinte.

7 – Sequências

A produção de “Rambo 3”, lançado em 1988, foi bem conturbada. Para começar, o diretor original — Russell Mulcahy — foi demitido depois de duas semanas de produção por diferenças criativas, e Peter MacDonald, o novo diretor, teve apenas dois dias para se preparar antes de assumir a responsabilidade. Além disso, esse foi o primeiro filme dirigido por MacDonald e, na época, o longa foi a produção mais cara do cinema.
Na trama — ambientada em plena Guerra Afegã-Soviética — Rambo se une a guerrilheiros mujahideen no Afeganistão para combater os russos e salvar Trautman, seguindo a linha antissoviética dos filmes anteriores. Pois quando o longa já estava em pós-produção, o líder soviético Mikhail Gorbachev começou a implementar a política de transparência que acabou por aliviar a tensão política e melhorar as relações entre os EUA e a URSS.
Para piorar, apenas 10 dias antes do lançamento de “Rambo 3”, as tropas soviéticas começaram a abandonar o Afeganistão, destruindo o principal argumento do filme. E “Rambo 4”, lançado em 2008, também teve alguns probleminhas de ordem política. Após ler a respeito da onda de protestos que levaram à guerra civil entre militares birmaneses e rebeldes karen, Stallone decidiu ambientar o enredo na Birmânia.
O ator acreditava que o conflito não estava recebendo a cobertura merecida da mídia, e chegou a empregar uma porção de birmaneses sem experiência nas telas como extras — tanto que o malvado General Tint foi interpretado por um antigo combatente karen. No entanto, devido a esse panorama negativo com respeito ao governo de Myanmar, a exibição de “Rambo 4” foi banida em todo o país.

Mais curiosidades:

  • Por incrível que pareça, Rambo não mata ninguém no primeiro filme. Ele apenas fere — para valer! — as pessoas que tentam caçá-lo e feri-lo, e isso se deve aos esforços de Stallone de tornar o herói mais empático e menos sanguinário. O único personagem que morre é Galt, que persegue Rambo pelas montanhas com um helicóptero e, quando tenta matá-lo com um rifle, o protagonista atira uma pedra em sua direção que faz com ele perca o equilíbrio e caia;
  • A famosa facona de Rambo foi desenvolvida a pedido de Stallone pelo fabricante Jimmy Lile. O ator solicitou que ele criasse a icônica arma dando a Lile algumas instruções, como a de que a faca deveria ser útil em situações extremas de sobrevivência, longa e afiada o suficiente para fatiar comida e cortar madeira, ter uma lâmina dentada para defesa etc. Seis unidades foram produzidas para o primeiro longa, e versões atualizadas foram criadas para os filmes subsequentes;
  • Apesar de a trama de “Rambo II – A Missão” se passar nas selvas vietnamitas, as filmagens de ocorreram em Acapulco, no México. Em um primeiro momento, os produtores consideraram rodar o filme na cidade de Chiang Mai, na Tailândia, mas mudaram de ideia por questões de custo e dificuldades de logística;
  • Mas filmar em Acapulco não foi nada fácil! Durante as gravações, a passagem do Furacão Odile provocou a destruição quase total dos sets, e a produção teve que ser temporariamente interrompida. Para ganhar tempo, a equipe decidiu gravar algumas cenas no hotel onde estava hospedada — entre elas a icônica sequência na qual Rambo prepara o arsenal de armas que ele leva em sua missão;
  • Os créditos finais de “Rambo 3”, que conta com o herói lutando ao lado de guerrilheiros afegãos, foi alterado depois dos atendados de 11 de setembro nos EUA. Originalmente, o texto dizia “Este filme é dedicado aos bravos guerrilheiros mujahideen do Afeganistão”, mas foi modificado para “Este filme é dedicado ao corajoso povo do Afeganistão” devido à relação entre os combatentes e a rede terrorista Al Qaeda.
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário

Comente com respeito, qualquer comentário que seja ofensivo, preconceituoso, com links e que não tenha nada a ver com o conteúdo será removido.

EuTeSalvo - Salvando os melhores blogs! Agregador de Links - Madruga Links Agregador de Links Colmeia: O melhor dos blogs 4Blogs - Agregador de conteúdo Vadiando Na Net Uêba - Os Melhores Links Googlulinks Selo
Tecnologia do Blogger.