Muitas vezes a ficção é muito mais interessante do que a realidade, e um bom exemplo disso é a história sobre a sinistra “Bíblia do Diabo”. Reza a lenda que no século XIII, na região que hoje corresponde à República Tcheca, um monge foi condenado à morte por cometer uma grave infração contra as regras do mosteiro no qual vivia. Mais precisamente, o sacerdote seria emparedado vivo em um quarto.
Para escapar da condenação, o monge decidiu fazer um trato com seus superiores, propondo que o seu crime fosse perdoado em troca de que ele produzisse uma cópia da bíblia — e de diversos outros escritos — à mão em apenas uma noite. Tal façanha seria muito, muito difícil de conseguir nos dias de hoje, com toda a tecnologia disponível, então, imagine só no século XIII, quando tudo era feito à luz de velas e com o uso de tinta, penas e pergaminhos!
Os superiores concordaram, pois, se o monge não cumprisse com o acordado — o que era óbvio —, ele seria sentenciado. Porém, se produzisse o material prometido em tão pouco tempo, isso seria um milagre que, por sua vez, atrairia milhares de peregrinos (e muito dinheiro) para o mosteiro. No entanto, o monge logo percebeu que jamais conseguiria terminar a tarefa à qual se havia proposto, decidindo fazer o impensável: um pacto com o diabo.
Pelos seus serviços, o príncipe das trevas não só pediu a alma do monge em troca do livro, senão que exigiu que um assustador e enorme retrato seu fosse incluído na obra. No dia seguinte, conforme prometido, o livro estava pronto. O sacerdote foi perdoado e o volume ficou conhecido como “Codex Gigas” — de “Livro Gigante” — ou A Bíblia do Diabo.
fonte euviali